28 de junho de 2009

Elvis é country

Elvis voltou a Nashville para gravar um disco inspirado na música de raiz norte-americana. Não se trata do Rei do Rock – óbvio –, mas do seu xará inglês. Aos 54 anos, Elvis Costello acaba de lançar Secret, Profane and Sugarcane, totalmente influenciado pelo blues e pelo country.

Para quem já foi da new wave ao jazz, gravar um disco conceitual não é novidade. Almost Blue, lançado em 1981 com os The Attractions, havia resgatado composições antigas de Hank Williams e Gram Parsons, entre outros mestres do country. Desta vez, Costello apresenta dez músicas inéditas cercado de músicos do gênero, com quem recria o clima bluegrass da primeira metade do século passado – numa fronteira musical entre Tennessee e Mississipi.

O engraçado é que o responsável por isto seja um inglês. Com Secret, Profane and Sugarcane Costello parece seguir o exemplo de Bob Dylan e Iggy Pop, que trocaram as guitarras por um clima intimista em seus últimos trabalhos. Não há sequer uma bateria, apenas violão, bandolim e contrabaixo, que ganham eventual companhia da rabeca e do acordeão.

Admirador confesso de Johnny Cash, o compositor criou algumas pérolas que cairiam bem na voz do Homem de Preto. A vibrante She Was No Good, um dos destaques do álbum, é uma delas. Costello é um dos últimos artistas do rock clássico que ainda tem algo a dizer. E, ao que parece, vai continuar assim por muito tempo.

Um comentário:

Vinícius Cortez disse...

Opa Danton, desculpa não ter comentado antes; eu comentei o da menina logo acima da sua postagem, e a sua veio um minuto antes de eu responder, nem deu pra ver...

Então, seu blog tá massa; jackson vai continuar indecifrável pra mim até eu chegar na minha própria neverland...


;D