30 de março de 2009

Bolachão ganha força

Engana-se quem pensa que LP virou item de museu. Duas décadas após o advento do CD, as velhas bolachas de vinil ressurgem com força no mercado internacional. Prova disso é o relançamento de três álbuns do Nirvana (Nevermind, In Utero e Unplugged) neste formato. A informação foi divulgada pela gravadora Original Recordings Group (ORG).

Para quem é amante da música, nada substitui o velho bolachão – que em termos de estética e de som nunca deixou a desejar para o CD. Nos Estados Unidos, a comercialização de LPs cresceu 89% em 2008. A lista dos mais vendidos é encabeçada por uma banda da atualidade, o Radiohead. Mas o empecilho para que o vinil retome sua popularidade, como nos velhos tempos, está no preço. Uma edição importada não sai por menos de R$ 100.

Baixa

Usuários de MP3 sofreram um golpe nesta semana. Chegou ao fim a comunidade Discografias, a maior do gênero no Orkut. Com mais de 900 mil pessoas cadastradas, a página contava com um rico – embora ilegal – acervo de todos os gêneros musicais. O destino tem sido o mesmo com inúmeros sites de compartilhamento de arquivos.

29 de março de 2009

Baú do Leituras: Smokey Robinson & The Miracles



Smokey Robinson não usou mais do que três acordes para fazer uma das canções mais românticas da música negra. Lançada em 1965, Tracks Of My Tears foi o grande sucesso do The Miracles, grupo liderado por ele entre as décadas de 1960 e 1970. Na lista da Rolling Stone, foi eleita a 50ª melhor música de todos os tempos.

Tracks Of My Tears é uma canção apaixonada. E como tal, não há nada de errado nos "modernos" passos de dança que vemos neste vídeo - gravado em um estúdio de televisão minúsculo. Afinal, o apaixonado perde o senso do ridículo. A música já foi regravada por gente do quilate de Aretha Franklin e Gladis Knight, mas sua versão mais famosa foi feita por Johnny Rivers.

Conhecido como o Rei da Motown, Robinson foi uma das estrelas da célebre gravadora. Como artista solo, lançou mais de 20 álbuns - sempre inspirado na soul music e no R&B. Aos 69 anos, o cantor permanece na ativa.

27 de março de 2009

Oasis: começa a venda de ingressos

A espera valeu a pena. Após um longo suspense até a confirmação da data, começam hoje as vendas de ingressos para o show do Oasis em Porto Alegre. Os britânicos da banda mais badalada do mundo estarão na capital gaúcha no dia 12 de maio para apresentação no Gigantinho.

A divulgação dos preços, na semana passada, trouxe outra boa notícia. As entradas custarão R$ 120 (pista) e R$ 180 (cadeira). Nada barato, mas bastante razoável em comparação com as outras cidades incluídas na turnê. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o menor preço é de R$ 180, enquanto que em Curitiba os fãs terão de desembolsar no mínimo R$ 200. Vale lembrar que estudantes têm direito à meia-entrada.

A banda que chega ao Brasil em maio surfa no sucesso de Dig Out Your Soul, álbum lançado em 2008. Com boa resposta de público e crítica, o disco devolveu o fôlego aos ingleses – que costumam chamar a atenção tanto pelo talento como pela capacidade de arrumar confusões. Para muitos, trata-se de um dos grandes momentos da discografia, que tem como ponto alto os fundamentais Definitely Maybe (1994) e (What’s the Story?) Morning Glory (1995).

Esta vai ser a quarta passagem dos irmãos Gallagher pelo Brasil, a primeira em Porto Alegre. O único “porém” fica por conta do local escolhido para a apresentação. O Gigantinho deverá comportar no máximo 12 mil pessoas, enquanto que um show destes teria grandeza para lotar um estádio.

24 de março de 2009

Concurso de Blogs

O Leituras Musicais foi classificado para a segunda fase do 5º Concurso de Blogs da comunidade do Orkut Eu Tenho um Blog. O blog concorre na categoria Entretenimento. A votação para membros da comunidade segue até o dia 31.

O Leituras sugiu em maio de 2008, substituindo o antigo Leitura Musical. Um mês depois, deu origem à coluna de mesmo nome publicada no Programe-se, caderno encartado todas as sextas-feiras no jornal Informativo (Lajeado-RS). Em novembro, o blog foi agregado ao site do Informativo.

20 de março de 2009

Obra-prima ao vivo

Dos sete álbuns do Radiohead, pelo menos quatro são obras-primas. Para alguns críticos, até mais. Nem todos, porém, caíram no gosto do grande público. Com o lançamento de OK Computer, em 1997, o quinteto formado em Oxford (Inglaterra) rompeu todas as barreiras entre underground e mainstream. De lá para cá, foram mais quatro discos, todos incríveis, mas de difícil percepção para quem não está acostumado. É o que torna o Radiohead especial.

A turnê pelo Brasil, que começa hoje no Rio de Janeiro, traz uma banda no auge do seu sucesso. No palco, Thom Yorke e companhia misturam hits dos dois primeiros discos – Pablo’s Honey (1993) e The Bends (1995) – com o experimentalismo dos seus sucessores. Mesmo as músicas menos assoviáveis de Kid A (2000), com elementos eletrônicos e jazzísticos, provocam uma espécie de transe coletivo comandado pela figura triste do vocalista.

Os shows no Rio (hoje) e em São Paulo (domingo) devem ser baseados nas músicas do último CD, In Rainbows. Lançado em 2007, o álbum teve uma das estratégias de divulgação mais comentadas dos últimos tempos. Enquanto muitos artistas lutam contra o MP3, o Radiohead disponibilizou as faixas na internet. O download não era gratuito, mas era o ouvinte quem definia o preço a ser pago. Se a banda fosse politicamente correta, não teria graça.

Abertura
O show do Radiohead traz uma boa notícia para os fãs do Los Hermanos. O quarteto carioca reúne-se pela primeira vez desde abril de 2007 para abrir a apresentação dos ingleses. A mesma tarefa, aliás, será exercida pelos alemães do Kraftwerk. Os shows em São Paulo, incluindo a atração principal, serão transmitidos pelo canal Multishow a partir das 18h30min de domingo.

19 de março de 2009

Oasis: confirmados preços de ingressos

O show do Oasis em Porto Alegre terá o ingresso mais barato da passagem da banda pelo Brasil: R$ 120. Em São Paulo e Rio de Janeiro, o valor mínimo é de R$ 180, enquanto que em Curitiba os fãs terão de desembolsar pelo menos R$ 200. A confirmação foi feita hoje à tarde pelo site do Ticketmaster.

Menores de 12 anos não poderão entrar. Com 12 ou 13 anos, a entrada só será permitida na presença dos pais ou responsável legal. A venda de ingressos para clientes do Citibank começa amanhã. Para o público geral, no dia 27. Na Capital gaúcha, 12 mil ingressos serão colocados à disposição.


Rio de Janeiro (Citibank Hall), 7 de maio - R$ 300 (poltrona), R$400 (pista vip), R$ 180 (pista) e R$ 200 (camarote)

São Paulo (Arena Anhembi), 9 de maio - R$ 400 (pista vip) e R$ 180 (pista)

Curitiba (Arena Expotrade), 10 de maio - R$ 400 (pista vip) e R$ 200 (pista)

Porto Alegre (Gigantinho), 12 de maio - R$ 120 (pista/arquibancada) e R$ 180 (cadeira)

Para celebrar o rock gaúcho

Músicas como Eu Já Sei e Tô de Saco Cheio estão no subconsciente de qualquer amante do rock gaúcho que tenha entre 20 e 35 anos. Na estrada há 25 anos, os Garotos da Rua apresentam neste sábado estes e outros clássicos para o público de Lajeado. O show inicia às 23h no centro comunitário do Ceat, com abertura da banda Calça Justa, de Cruzeiro do Sul.

Embora tenha alcançado o seu auge na década de 1980, os Garotos da Rua continuam na ativa até hoje. O álbum Caminho da Estrada (2007) é o mais recente de uma carreira repleta de hits e inspirada no rock and roll dos bons tempos. Ao lado de Cascaveletes e TNT, a banda fez parte de uma geração mágica do rock gaúcho, frequentando trilhas de novelas com a mesma dignidade de quem toca em um pub. A coletânea Hot 20, lançada em 1999 com 35 mil cópias vendidas, é item obrigatório em qualquer coleção.

O Calça Justa, por sua vez, é uma das revelações do rock na região do Vale do Taquari. Surgido em 2006, o quinteto de Cruzeiro do Sul demonstra talento ao misturar suas principais influências, que vão dos Beatles até os Strokes – passando, claro, pelo rock gaúcho. As primeiras composições da banda próprias podem ser conferidas no MySpace.

O ingresso antecipado – limitado – custa R$ 15,00. Pode ser encontrado nas Lojas Dullius, Posto Faleiro (Lajeado) e Lume Informática (Encantado). A promoção é da A7 Produtora.

15 de março de 2009

Baú do Leituras: Zé Keti



A timidez de Zé Keti foi a responsável pelo seu pseudônimo. Desde pequeno, o futuro sambista era chamado de Zé Quieto ou Zé Quietinho – até chegar à abreviação com a qual virou compositor.

José Flores de Jesus – seu nome verdadeiro – nasceu no Rio de Janeiro em 1921. Na década de 1940, começou a se destacar na ala de compositores da Portela, sua escola do coração. A carreira decolou em 1955 quando a música A Voz do Morro fez sucesso na trilha do filme Rio 40 Graus.

Com o surgimento da bossa nova, envolveu-se com músicos como Carlos Lyra e Nara Leão. A cantora participou ao lado de Zé Keti do espetáculo Opinião, que tornou famosas canções como Diz Que Fui Por Aí. Nos mais de 50 anos de samba, compôs canções inesquecíveis como Mascarada, Máscara Negra e Leviana.

Zé Keti notabilizou-se como uma autêntica voz do morro ao compor canções de crítica social, como Acender as Velas, Quatrocentos Anos de Favela e Opinião. Morreu aos 78 anos, em 1999, de falência múltipla dos órgãos.

14 de março de 2009

De volta a Madchester

A década de 1980 terminou em grande estilo. A estreia dos Stone Roses, lançada em março de 1989, teve impacto semelhante a um muro de Berlim – foi o estopim para o surgimento de uma nova forma de expressão cultural, que daria o tom nos primeiros anos do decênio seguinte. Muito mais do que o ectasy, o movimento conhecido como Madchester disseminou batidas dançantes revestidas de arranjos psicodélicos e inspiração indie.

Graças a canções acachapantes como I Wanna Be Adored e Elephant Stone, os Roses firmaram-se, na época, como o grupo mais importante da Grã-Bretanha. O LP homônimo é considerado o ponto de partida do britpop, tendo exercido grande influência sobre as duas principais bandas do gênero: Oasis e Blur. Mas será que hoje, duas décadas depois, Ian Brown e companhia estão prontos para encarar os anos 2000? Em 2009, quando uma edição comemorativa a ser lançada em junho celebra os 20 anos do primeiro álbum, os Stone Roses planejam a volta aos palcos.

O mais animado com o possível retorno é o baixista, Mani. Enquanto Brown parece indiferente, interessado apenas em seu novo trabalho solo, e John Squire, antigo guitarrista, descarta a volta, Mani fez um apelo aos fãs. Em dezembro do ano passado, pediu aos admiradores da banda para que criem uma petição visando convencer os demais ex-integrantes. A justificativa é a efeméride a ser comemorada em 2009 – ou seja, os 20 anos do lançamento do primeiro disco. “É o momento ideal para isso. E é algo que gostaria antes de ficarmos carecas e gordos”, ironizou.

Caso a volta seja concretizada, o Stone Roses ingressa num grupo seleto de bandas inglesas que prometem reuniões em 2009. No caso do Blur e do The Kinks, o retorno é dado como certo. Para os sessentões do Faces, ainda falta a confirmação, enquanto que entre os fãs dos Smiths tudo não passa de boatos. A crise econômica, ao que parece, tem feito mal a carreiras-solo e músicos britânicos aposentados.

13 de março de 2009

Nada de novo no horizonte

Por mais que um álbum do U2 seja sempre um acontecimento, a fórmula do quarteto irlandês anda meio desgastada. Apesar de alguns bons momentos, o recém-lançado No Line on the Horizon apresenta uma banda indecisa entre a sua origem, nos anos 1980, e a sonoridade contemporânea dos dois últimos discos.

Quando lançaram Achtung Baby (1991), Bono Vox e companhia fizeram uma obra de ruptura. O experimentalismo e a ousadia do LP ampliaram o horizonte musical do grupo e caiu no gosto dos fãs e da crítica. Afinal, foi este elemento complexo – a mudança! – que transformou os Beatles, os Beach Boys, Roberto Carlos e, em menor escala, o próprio U2, em artistas muito além de sua época.

Em No Line on the Horizon não há nada disso. Pelo contrário. A impressão é de que já ouvimos a mesma coisa uma porção de vezes nos últimos 25 anos. Mesmo sem inovar, algumas canções se sobressaem. É o caso de I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight (apesar do título, uma bela música). Na última faixa, um alento. Cedars of Lebanon quebra a sequência pop do disco com arranjos suaves e o vocal falado de Bono. Mas aí já é tarde. Quem sabe na próxima.

12 de março de 2009

Farto do rock and roll

Do homem que é considerado o avô do punk podia se esperar tudo, menos um disco de jazz. Pois foi exatamente o que Iggy Pop fez. Com influências de Louis Armstrong e Jelly Roll Morton, o álbum Preliminaires deve chegar às lojas da Europa em maio – uma prova de que Iggy é mesmo imprevisível.

No ano em que o debut dos Stooges completa quatro décadas, o cantor mesclou o jazz com a inspiração literária. A Possibilidade de uma Ilha, obra de Michel Houellebecq, é o seu livro de cabeceira do momento. “Na minha mente, estas seriam as músicas que ouço em minha alma quando leio o livro”, justificou Iggy, hoje com 61 anos.

O precursor do punk disse estar “enjoado de ouvir idiotas com guitarras, tocando lixo musical”. Será que estava referindo-se ao último álbum dos Stooges? É possível, já que The Weirdness, lançado em 2007, é apenas uma caricatura de uma das grandes bandas do rock. Se for para melhor, que venha o jazz.

11 de março de 2009

Oasis em Poa

Agora é oficial. Os britânicos do Oasis confirmaram show no Gigantinho, em Porto Alegre, no dia 12 de maio. Será a última apresentação da turnê pelo Brasil, que inclui Rio de Janeiro (7), São Paulo (9) e Curitiba (10). A venda de ingressos para clientes do Citibank começa no dia 20 de março. Para o público geral, no dia 27. Na Capital gaúcha, 12 mil ingressos serão colocados à disposição. Mais informações no site Oasis News.

Só depende de Stewart

Sem eles não existiriam Black Crowes ou Replacements. Mesmo com menor popularidade em relação aos Rolling Stones e The Who, os ingleses do The Faces marcaram seu nome na história com um blues-rock provocativo e apresentações bombásticas. Em 2009, esta magia poderá ser retomada.

É o que se espera após a divulgação de uma turnê com Rod Stewart (vocalista), Ron Wood (guitarrista) e Ian McLagan (tecladista), membros da formação original. O baixista Ronnie Lane, morto em 1997, seria substituído pelo chilli pepper Flea. A notícia chegou a ser desmentida por Stewart em janeiro. Dois meses depois, no entanto, McLagan tratou de devolver a esperança aos fãs ao dizer que a ideia é fazer alguns shows e gravá-los. Tudo depende da aprovação do vocalista.

Ao contrário de outros vovôs do rock, que insistem em retardar a aposentadoria, dinheiro não parece ser problema para os Faces. Rod Stewart sempre teve uma carreira-solo discutível, mas de muito sucesso – motivo, aliás, que contribuiu para a separação da banda em 1975. O guitarrista Ron Wood, por sua vez, conseguiu um emprego bem-sucedido em uma banda inglesa, um tal de Rolling Stones.

Em apenas seis anos de carreira (1969 a 1975), os Faces criaram uma sonoridade própria, calcada num rhythm and blues hipnotizante que influenciaria gerações de roqueiros – do punk rock até o britpop. A voz rouca de Stewart, os riffs insinuantes de Wood e o groove de McLagan resultaram numa das mais perfeitas equações do rock. Querer que o resultado seja o mesmo de 40 anos atrás é pedir demais. Mas não custa tentar.

10 de março de 2009

Baú do Leituras: Bill Withers



Bill Withers, hoje com 70 anos, nasceu em Los Angeles, Califórnia. Começou a carreira de cantor e compositor nos anos 1960. Na década seguinte, tornou-se um dos grandes nomes do soul.

Seu maior sucesso foi Ain’t No Sunshine, apontada pela revista Rolling Stone como a 280ª melhor canção de todos os tempos. A música foi lançada em 1971 no álbum Just as I Am, produzido por Booker T. Jones. Recentemente o disco foi relançado no exterior em CD duplo.

Quando gravou o hit, em setembro de 1971, Withers trabalhava em uma fábrica de assentos sanitários. Sua intenção inicial era escrever mais versos no lugar de I Know (frase repetida 26 vezes). Os outros músicos, porém, fizeram-no mudar de ideia.

Ain’t No Sunshine foi regravada por centenas de artistas. Entre os mais famosos estão Paul McCartney, Tom Jones, Tom Petty, Maroon 5, Lenny Kravitz e Elvis Costello. A canção também ganhou destaque nas telas do cinema, tendo sido incluída na trilha de Um Lugar Chamado Notting Hill e Munique, entre outros filmes.

9 de março de 2009

Leonard Cohen na pindaíba

Frank Zappa foi o primeiro artista a revelar de forma explícita a avareza do mundo da música. Em 1968, o célebre guitarrista batizou seu quarto álbum de forma irônica: We’re Only in it For the Money (estamos nisto apenas pelo dinheiro). Em 1997, os britânicos do Supergrass mantiveram o espírito e deram ao seu disco mais conhecido o nome de In it For the Money (apenas pelo dinheiro).

Agora chegou a vez de Leonard Cohen assumir o lado materialista da natureza humana. O cantor canadense de 74 anos, que há 15 anos não se apresentava nos Estados Unidos, retornou aos palcos americanos por um bom motivo: dinheiro.

As razões de Cohen, porém, são fáceis de compreender. Enquanto vivia em um monastério zen-budista (!), perto de Los Angeles, o compositor foi roubado por sua empresária. O desfalque chegou a US$ 5 milhões. Cohen ficou na pindaíba, mas não desanimou. Após vencer uma batalha judicial, o canadense aguarda o pagamento do que lhe foi roubado. E caiu na estrada novamente.

Dono de uma voz rouca e de letras ácidas, Cohen gravou ao violão algumas das canções mais assombrosas da música pop. Seu estilo conquistou discípulos famosos como Nick Cave, Rufus Wainwright e Jeff Buckley – autor de uma versão impecável para Hallelujah. Por dinheiro ou não, a volta de Cohen aos palcos é mais do que bem-vinda.