31 de agosto de 2009

Duca Leindecker na Univates

O músico, compositor e escritor Duca Leindecker estará na Univates dia 8 de outubro para palestrar aos alunos sobre Música e Literatura. O evento ocorre no Auditório do Prédio 11, das 20h às 21h30min, com entrada franca.

Autor dos livros “A Favor do Vento” e “A Casa da Esquina”, Duca Leindecker é, no entanto, mais conhecido por sua carreira solo como músico e com a banda gaúcha Cidadão Quem. Professores interessados em levar suas turmas devem confirmar presença pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5326, até 10 de setembro. Após essa data, as vagas serão disponibilizadas para alunos do Ensino Médio.

29 de agosto de 2009

O fim do Oasis?

Os irmãos Gallagher já aprontaram tanto que é difícil saber quando falam sério. Os fãs esperam que a anunciada saída de Noel, divulgada ontem, seja mais uma das tantas brigas entre os dois marrentos. Em comunicado divulgado no site oficial, o guitarrista pediu desculpas ao público e disse que não aguentava mais trabalhar com o vocalista Liam. O grupo cancelou a apresentação que faria ontem, em Paris.

"É com alguma tristeza e um grande alívio que venho comunicar a vocês minha saída do Oasis nesta noite. As pessoas podem escrever e dizer o que quiserem, mas eu simplesmente não posso mais continuar trabalhando com Liam um dia a mais sequer. Desculpe todas as pessoas que compraram ingressos para os shows em Paris, Konstanz e Milão", escreveu Noel. A briga teria começado no backstage do festival francês. A cantora Amy Winehouse, que também estava lá, disse que Liam destruiu a guitarra do irmão.

Será o fim?

27 de agosto de 2009

Baú do Leituras: Shocking Blue


Quantas bandas holandesas você conhece? Foi dos Países Baixos que veio o refrão "she's got it, yeah baby, she's got it" do mega-hit Venus. O responsável por isso, o quarteto Shocking Blue, fez relativo sucesso nos anos 70 fora do seu país de origem. A banda, encabeçada pela candidata a musa Mariska Veres, deixou várias canções marcadas pela voz rouca da vocalista. O grupo foi dissolvido em 1974. Mariska, que sempre recusou a pecha de sex simbol, segui carreira como cantora pop. Morreu em 2006, aos 59 anos, vítima de câncer.

Últimos shows do Doors viram disco

Os registros das últimas quatro apresentações da banda The Doors em Nova York serão compilados em uma caixa com seis discos pela gravadora Rhino. A informação foi dada pela edição americana da revista Rolling Stone. Live in New York resgata os shows promovidos entre os dias 17 e 18 de janeiro de 1970 no palco do Felt Forum.

"Havia mais interação, e a acústica era muito melhor, pois o local era desenhado especialmente para música", disse o John Densmore, baterista da banda. Alguns dos maiores sucessos do The Doors estão entre as faixas que compõem o material, como Break On Through (To The Other Side), Roadhouse Blues, Light My Fire e The End.

"Nós tínhamos quatro shows para fazer aqui, dois esta noite, dois na noite posterior. Vamos tocar o que quisermos! Vamos apenas tocar", contou Ray Manzarek, tecladista da banda, sobre as apresentações. A caixa Live in New York chega às lojas dos Estados Unidos em 10 de novembro.

Bon Jovi promete volta às raízes


O novo disco do Bon Jovi será lançado só no dia 10 de novembro, mas uma primeira música deste trabalho já circula pela internet. A banda disponibilizou a faixa We Weren't Born To Follow para audição em seu site oficial e antecipou que será o primeiro single de trabalho. O álbum sucessor de Lost Highway (2007) será batizado de The Circle e vai levar o Bon Jovi de volta aos palcos em 2010. O guitarrista Richie Sambora disse que a banda deve voltar às suas raízes com o novo registro.

Uma rua para Lupicínio

“Até a pé nós iremos.” A frase imortal, que abre o Hino do Grêmio, foi cunhada por Lupicínio Rodrigues durante uma greve do transporte coletivo. Na via batizada com o nome do compositor, em Lajeado, não passa ônibus. Os seus poucos moradores têm de caminhar alguns metros até a parada mais próxima, situada na Avenida Castelo Branco. Mas isso não desanima os que desfrutam a vida pacata da Rua Lupicínio Rodrigues.

“Aqui é bom de morar, sempre tranquilo”, afirma a vendedora Virgínia Wendt, que vive no local há 28 anos. Segundo ela, o fato de o transporte coletivo na rua ter sido interrompido está longe de ser um transtorno. “Para a gente, caminhar até ali não é problema, mas para que os ônibus circulassem era complicado”, diz, ressaltando que as vias próximas são estreitas. Para Virgínia, trata-se de um local ótimo para criar a filha Roberta (4), que frequenta a creche situada a uma quadra de casa.

Nascido em Porto Alegre no ano de 1914, Lupicínio destacou-se por suas composições sobre decepções amorosas - que lhe renderam o título de Rei da Dor de Cotovelo. Entre suas canções mais famosas estão Felicidade, Se Acaso Você Chegasse, Esses Moços, Vingança e Nervos de Aço e outras. Ao gravá-las, sua voz era mansa e não empostada, procurando valorizar a música e texto. Morreu no dia 27 de agosto de 1974, há exatos 35 anos.

Foi durante a greve dos bondes da capital, em 1953, que o gremista Lupicínio teve a inspiração para uma de suas obras mais conhecidas, o Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

24 de agosto de 2009

Pata em Lajeado

Quinta-feira é dia de curtir o Pata de Elefante em Lajeado. A banda gaúcha de rock instrumental, apontada como uma das melhores de atualidade, apresenta-se a partir das 20h no Sesc. Ingressos a R$ 10 para público em geral, R$ 7 para empresários com cartão Sesc e R$ 5 para comerciários com cartão Sesc.

Formada em 2002, a banda possui dois álbuns lançados: Pata de Elefante (2004) e Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha (2008). Ao vivo, o rock alucinado do power trio torna-se ainda mais explosivo. Mesmo sem ter um vocalista, a banda conquistou um público que vai muito além dos amantes da música instrumental.

Ouça aqui

Jupiter Maçã grava novo vídeo

Júpiter Maçã gravou seu novo clipe, Modern Kid, num ambiente que é sua cara: um antiquário. Ao lado de Thunderbird - com quem já protagonizou momentos notáveis no seu talk show - e André Peniche, o músico gaúcho fala sobre sua mais recente viagem psicodélica.

23 de agosto de 2009

Entrevista: Wry

O Wry não é mais a mesma banda que surgiu em Sorocaba em meados da década passada. O quarteto, que passou sete anos na Inglaterra, continua sendo um dos grandes nomes do shoegaze nacional. Só que agora, além das letras em inglês, incluíram no repertório algumas (belas) canções na língua pátria.

De volta ao Brasil, a banda divulga She Science, o mais recente trabalho. Nas 12 faixas, os sorocabanos mantêm a admiração por Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine, duas de suas principais influências. Em entrevista por e-mail ao LM, o vocalista Mario Bross fala do álbum e conta que novo material inédito deverá ser lançado em breve.

Como vai a divulgação de She Science?
Vai bem. Estamos tocando muito, diversos shows sendo agendados no Brasil todo e o disco começando a aparecer nas críticas por aí afora.

Como os fãs reagiram às letras em português?
Por enquanto não pude ter uma noção clara, mas até agora só obtive ótimas críicas a esse respeito. São canções misturadas em inglês e português que estão sendo vistas como bem coerentes dentro do mesmo álbum.

O que mudou no processo de composição?
A gente experimenta mais nas canções, não vamos mais no estúdio com a música pronta, a gente modifica e transforma durante o periodo de gravacao. Fazemos quase que duas gravacoes do mesmo álbum antes de gravar o oficial que seria a terceira vez.

Quais os próximos planos?
Tocar bastante até o final do ano e shows da turnê e depois esporádicos e inusitados e lancar os outros dois albuns que estao prontos, National Indie Hits (tributo a bandas independentes brasileiras) e The Long-term Memory of an Experience. Acompanhe-nos no twitter http://twitter.com/wry. Grande abraco aos leitores!




Ouça o álbum aqui

Libertines (quase) de volta


Uma das bandas mais loucas dos últimos anos, o Libertines poderá voltar à ativa. O vocalista e encrenqueiro Pete Doherty revelou, em entrevista à NME, que convenceu o baterista Gary Powell e o baixista John Hassall para tocarem em festivais britânicos no próximo ano. Ele aguarda apenas a posição do guitarrista Carl Barat. "Talvez pudéssemos juntar os Libertines sem ele, como ele fez comigo", alfinetou.

O Libertines acabou em 2004, depois de quase oito anos juntos, após Doherty ser expulso da banda (devido a desentendimentos com Barat). Mesmo com apenas dois álbuns, Up the Bracket (2002) e The Libertines (2004), conquistaram sucesso mundial com seu indie rock despreocupado. Chegaram a ser classificados como o novo The Clash.

Após a separação, o ex-vocalista dedicou-se à carreira solo e ao BabyShambles, banda que já existia antes dele se unir aos Libs. Este ano, Doherty editou o primeiro álbum solo, “Grace/Wastelands”.

Com informações da NME

22 de agosto de 2009

O rock é gremista


Eu sabia! O inventor do rock é gremista.

Time elege os melhores guitarristas

A lista dos dez maiores guitarristas da história divulgada pela revista Time contém algumas unanimidades e muitos nomes contestados. Confira: 1 - Jimi Hendrix, 2 - Slash, 3 - B.B. King, 4 - Keith Richards, 5 - Eric Clapton, 6 - Jimmy Page, 7 - Chuck Berry, 8 - Les Paul, 9 - Yngwie Malmsteen, 10 - Prince (foto).

21 de agosto de 2009

Toca Rauuul!

Nem morto Raul Seixas sossega. Vinte anos após a sua morte, os fãs brasileiros puderam desfrutar de uma música inédita (Gospel) e agora aguardam com ansiedade o documentário O Início, o Fim e o Meio, previsto para dezembro. Isso sem contar uma nova biografia (que está a caminho) e o relançamento de alguns dos seus álbuns em edições especiais, com raridades e versões alternativas.

Há quem não tenha gostado do arranjo de Gospel, a recém-descoberta música que Raul Seixas compôs em 1974. Mas o mais estranho é que a sua letra aparentemente inofensiva, embalada por um country acústico, tenha despertado a ira dos militares, que a censuraram. Versos como "por que eu tenho caneta e não consigo escrever" parecem ter irritado a ditadura.

O lançamento mais aguardado, no entanto, é o filme sobre a vida do cantor. Dirigida por Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel, a obra traz à tona algumas pérolas, como apresentações ao vivo registradas em película e guardadas há 33 anos por Nelson Motta. Enfim, 2009 tornou-se um ano inesquecível para quem não cansa de gritar “toca Rauuul!”.

20 de agosto de 2009

Hendrix em Hollywood

O maior guitarrista de todos os tempos pode, enfim, ganhar uma cinebiografia a sua altura. A Legendary Pictures, um estúdio independente de Hollywood, informou hoje que trabalha em um filme sobre Jimi Hendrix. A produtora fez um contato inicial com a empresa que administra a obra do músico. Em 2008, a Legendary lançou um documentário sobre guitarristas, tendo como personagens Jimmy Page (Led Zeppelin), The Edge (U2) e Jack White (White Stripes). Até o momento foram cogitados para o papel principal os nomes de Lenny Kravitz e André Benjamin, do Outkast. Nenhum deles, felizmente, foi o escolhido.

Weezer lança álbum em outubro

A qualidade dos últimos trabalhos pode ter desagradado fãs antigos, mas a fase atual do Weezer mostra que corpo mole não é com eles. O sucessor do Red Album, lançado em 2008, já está pronto para sair do forno. Com o nome de Raditude, o CD chega às lojas no dia 27 de outubro.

A expectativa é que a inspiração do grupo supere o nome dado ao primeiro single, (If You Are Wondering If I Want You To) I Want You To, que deve sair no dia 25 de agosto. Algumas músicas novas foram apresentadas recentemente em show na Coreia do Sul. O Weezer também promete reeditar Pinkerton, álbum lançado em 1996 considerado um dos clássicos do indie rock.

A face menos conhecida de Raul

O mais legal na obra de Raul Seixas é que sempre há uma novidade a ser descoberta. Sem contar as músicas inéditas, a vasta discografia do baiano contém experiências que vão muito além do rock e ainda estão por ser reconhecidas pelo grande público. Num destes casos, ele antecipou sua capacidade de misturar ritmos em um disco esquecido que ganhou status de cult.

Abandonado à própria sorte desde a sua gravação, em 1971, o álbum A Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez encontra-se no ostracismo até hoje (embora tenha sido relançado em CD, em edições difíceis de serem achadas). Nas 12 faixas em que Raulzito divide os vocais com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star, tem marchinha de carnaval, guarânia, embolada e, claro, rock – culminando numa anarquia musical que daria o tom da carreira solo do cantor.

O fracasso comercial de Raulzito e os Panteras, disco lançado em 1968, fez com que o músico abandonasse sua tentativa de jovem guarda barroca. Três anos mais tarde, nos estúdios da CBS no Rio de Janeiro, o então produtor musical Raul Seixas uniu-se aos seus novos parceiros (diz a lenda, às escondidas) para gravar uma espécie de versão escrachada do álbum Tropicália (1968). Cada cantor interpretou duas canções, sendo que Raul e Sérgio cantaram juntos outras três. A dupla assina todas as composições.

Sessão das Dez teve o mesmo destino que o LP anterior de Raulzito, mas dois anos depois, com o lançamento de Krig-Ha, Bandolo, o país finalmente reconheceria o talento de seu maior roqueiro. Ficou o legado de uma turma que, mesmo sem a fama, faziam da música sua maior diversão.

Mantendo a fé

Um dos grandes sucessos dos anos 90, o Faith No More vem a Porto Alegre no dia 3 de novembro. A apresentação ocorre no Pepsi On Stage. A mistura de rock, funk e rap já produziu megahits como Epic e Falling to Pieces. Resta saber se o mundo ainda precisa deles.

Woodstock: o retrato de uma época


A música pop nunca mais foi a mesma depois daqueles três dias de agosto. Há 40 anos, meio milhão de pessoas se reuniam numa fazenda no interior do estado de Nova York (EUA) para celebrar o rock and roll e a liberdade – e outros baratos também. O Festival de Woodstock foi em 1969, mas continua popular. Prova disso é a grande variedade de lançamentos recentes que marcam a data.

O evento que levou ao palco artistas como Jimi Hendrix, Janis Joplin e The Who capturou o espírito de uma época. Acima, um dos momentos mais belos de Woodstock. Crosby, Stills & Nash interpretam Blackbird, dos Beatles, para uma plateia hipnotizada.

Kiss divulga capa do novo CD

Há 11 anos sem lançar material inédito, o Kiss mata a curiosidade dos fãs aos poucos. Nesta semana foi liberada a capa de Sonic Boom, próximo álbum dos mascarados. O CD deve ser lançado no dia 6 de outubro, com faixas inéditas e, na edição importada, um disco extra contendo a regravação de alguns clássicos. As edições americana e canadense contarão ainda com um DVD com show gravado em Buenos Aires e um livreto. O último álbum lançado pelo quarteto foi Psycho Circus, de 1998.

19 de agosto de 2009

R.E.M. prepara álbum ao vivo

Um ano após seu lançar seu último álbum de estúdio - Accelerate -, o R.E.M. anuncia seu mais novo trabalho, desta vez gravado ao vivo. Live at the Olympia é um CD duplo com 39 canções, resultado de cinco shows realizados em Dublin no ano de 2007. A previsão é de que o disco chegue às lojas no dia 26 de outubro.

O repertório mescla clássicos como 1,000,000 com músicas novas como Living Well Is the Best Revenge, mas deixa de fora os clássicos Man on the Moon e Losing My Religion. Uma edição extra do registro virá acompanhada por um DVD com bastidores da apresentação do grupo na capital irlandesa.

Mais um punhado de melodias

Doce rotina, a do Wilco. Só pra variar, lançou um disco repleto de melodias irresistíveis e arranjos bem elaborados, que transitam com facilidade entre a melancolia e o alto astral. Wilco (The Album), lançado no final de junho, é mais “alegre” que o antecessor Sky Blue Sky, mas mantém a identidade calcada especialmente nos ex-beatles Paul McCartney e George Harrison.

A auto-referência no título e em uma das músicas (“Wilco love you”, diz o refrão) faz todo o sentido. Com 15 anos de estrada, os americanos demonstram em seu sétimo trabalho o frescor e a juventude de uma debutante.

Nem parece uma banda que conquistou o status de cult na década passada, lançando alguns dos melhores álbuns de rock dos últimos tempos – tendo como norte a música de Neil Young, Bruce Springsteen e, claro, Beatles.

O clima descontraído prevalece em boa parte das faixas (Wilco the song, I’ll fight, You never know), mas os arranjos sombrios em vocais bem trabalhados aindam brilham. A bela Deeper Down, com guitarras a la George Harrison, é uma prova do que o Wilco ainda é capaz de produzir.

Até a voz de Feist, que participa de You and I, encaixa-se com perfeição ao rock do grupo. Viraria hit se o destino do Wilco não fosse o underground. Melhor para os poucos sortudos que amam esta banda.

O criador do rock entre nós

Considerado por muitos o inventor do rock and roll, Chuck Berry volta a Porto Alegre amanhã para show no Teatro do Bourbon Country. A turnê brasileira inclui ainda as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. Ingressos de R$ 90 a R$ 300 na bilheteria do teatro.

Berry, que está com 82 anos, começou sua carreira musical na década de 1950. A música Maybellene (1955), seu primeiro single, é tida como uma das primeiras canções de rock. O cantor e compositor foi um dos principais nomes da Chess Records, gravadora que também lançou Etta James e Muddy Waters. Johnny B. Good, Roll Over Beethoven e Carol estão entre os hits mais famosos do cantor - clássicos inesquecíveis do rock que certamente farão parte do show.

Na primeira aparição na capital, há apenas um ano, Berry sacudiu os quadris e conquistou os gaúchos, embora seus erros tenham sito notados pela crítica. O público, claro, nem se importou. Nada mais propício para uma semana em que se celebram os 40 anos de Woodstock e o legado de Raul Seixas.

Adeus, obras-primas

O disco no seu formato tradicional não está mais nos planos do Radiohead. Foi o que disse o vocalista Thom Yorke em entrevista recente. Segundo ele, a banda – responsável por algumas das maiores obras-primas dos últimos anos – irá se concentrar em EPs e singles digitais. Será?

O grupo inglês disponibilizou recentemente mais uma canção inédita, a terceira neste ano. These Are My Twisted Words pode ser baixada gratuitamente aqui. Uma quarta faixa deverá ser liberada até o final do ano.

18 de agosto de 2009

Takai ao vivo

Dois anos após o primeiro disco solo, Fernanda Takai viu-se no direito de gravar um álbum ao vivo. Luz Negra chegou às lojas com um repertório muito parecido, incluindo uma música a la Calypso – curiosamente, um dos destaques. De resto, sobram as já conhecidas versões para músicas de Nara Leão (Com açúcar, com afeto, Debaixo dos caracóis, Diz que fui por aí).

Em entrevista ao site Scream & Yell, a cantora revelou que Luz Negra (CD e DVD) surgiu após assistir filmagens amadoras da turnê. Os arranjos, segundo ela, foram feitos na mesma atmosfera do álbum de estúdio (Onde brilhem os olhos seus). "A lista das músicas é um apanhado de minhas memórias musicais que tem essa mistura de MPB, pop, rock", define.

Raul (quase) inédito

Na semana em que a morte de Raul Seixas completa 20 anos (21 de agosto de 1989), os fãs do maluco beleza ganharam um presente. Gospel, música composta em 1974 e que passou anos engavetada, finalmente pôde ser mostrada ao público. Apesar de inofensiva, a canção composta por Raulzito e Paulo Coelho havia sido censurada pelo regime militar.

Com uma levada country, versos como "Por que eu tenho caneta e não consigo escrever?" parecem ter incomodado a ditadura. O ineditismo da música, porém, é contestado por alguns fãs. Motivo: Gospel foi gravada por Sônia Santos para a trilha sonora da novela O Rebu. Mesmo assim, foi anunciada como novidade pelo Fantástico do último domingo.

4 de agosto de 2009

Adeus, ironia

O prazo de validade do rock atual parece continuar relacionado ao terceiro disco. Os Strokes marcaram época com Is This It (2001) e seguraram a onda em Room on Fire (2003), mas desde First Impressions of Earth (2006) pouca gente se lembra deles. O Franz Ferdinand, depois de hits como Take Me Out e Walk Away, lançou um álbum repleto de obviedades (Tonight, de 2009). Caminho semelhante trilhou o The Killers. Só faltava o Arctic Monkeys.

Com status de álbum mais aguardado do ano, Humbug – que será lançado no dia 24 de agosto e já vazou na internet – está sujeito a diversas interpretações. A produção de Josh Homme (o homem à frente do Queens of the Stone Age) confere ao disco doses de porralouquice stoner rock e riffs potentes de guitarra (as faixas Potion Aproaching e Fire And The Thud parecem ter sido arrancadas do repertório do QOTSA). O resultado? Um álbum sombrio e sério, sem a cara do Arctic Monkeys.

Nada é mais saudável do que uma banda que se recicla, exceto quando perde sua principal qualidade. Onde foi parar a ironia – a começar pelo nome – de Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not? A banda que ria de si mesmo chegou àquela temível e inesperada fase: a maturidade.

Ouça Arctic Monkeys