Doce rotina, a do Wilco. Só pra variar, lançou um disco repleto de melodias irresistíveis e arranjos bem elaborados, que transitam com facilidade entre a melancolia e o alto astral. Wilco (The Album), lançado no final de junho, é mais “alegre” que o antecessor Sky Blue Sky, mas mantém a identidade calcada especialmente nos ex-beatles Paul McCartney e George Harrison.
A auto-referência no título e em uma das músicas (“Wilco love you”, diz o refrão) faz todo o sentido. Com 15 anos de estrada, os americanos demonstram em seu sétimo trabalho o frescor e a juventude de uma debutante.
Nem parece uma banda que conquistou o status de cult na década passada, lançando alguns dos melhores álbuns de rock dos últimos tempos – tendo como norte a música de Neil Young, Bruce Springsteen e, claro, Beatles.
O clima descontraído prevalece em boa parte das faixas (Wilco the song, I’ll fight, You never know), mas os arranjos sombrios em vocais bem trabalhados aindam brilham. A bela Deeper Down, com guitarras a la George Harrison, é uma prova do que o Wilco ainda é capaz de produzir.
Até a voz de Feist, que participa de You and I, encaixa-se com perfeição ao rock do grupo. Viraria hit se o destino do Wilco não fosse o underground. Melhor para os poucos sortudos que amam esta banda.
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