Por mais que um álbum do U2 seja sempre um acontecimento, a fórmula do quarteto irlandês anda meio desgastada. Apesar de alguns bons momentos, o recém-lançado No Line on the Horizon apresenta uma banda indecisa entre a sua origem, nos anos 1980, e a sonoridade contemporânea dos dois últimos discos.
Quando lançaram Achtung Baby (1991), Bono Vox e companhia fizeram uma obra de ruptura. O experimentalismo e a ousadia do LP ampliaram o horizonte musical do grupo e caiu no gosto dos fãs e da crítica. Afinal, foi este elemento complexo – a mudança! – que transformou os Beatles, os Beach Boys, Roberto Carlos e, em menor escala, o próprio U2, em artistas muito além de sua época.
Em No Line on the Horizon não há nada disso. Pelo contrário. A impressão é de que já ouvimos a mesma coisa uma porção de vezes nos últimos 25 anos. Mesmo sem inovar, algumas canções se sobressaem. É o caso de I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight (apesar do título, uma bela música). Na última faixa, um alento. Cedars of Lebanon quebra a sequência pop do disco com arranjos suaves e o vocal falado de Bono. Mas aí já é tarde. Quem sabe na próxima.
2 comentários:
essa critica não me surpreendeu
tem gente que vai querer me matar por falar isso, mas eu acho o u2 tipo o jota quest irlandes, sabe.
aquele pop que todo mundo gosta, vocalista com cara de frauda... odeio!
Infelizmente é uma verdade.Eles podem ser um acontecimento, mas fazem a mesma música boa há laguns anos. Mas ultimamente que anda chocando, ou inovando a ponto de fazer um álbum marcante?
Lembro de várias coisas das décadas anteriores que hoje são clássicas, mas quase não vejo clássicos nesta década.
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