5 de dezembro de 2008

O homem de preto

As roupas pretas e os inseparáveis óculos escuros, talvez para disfarçar a pouca beleza, sempre fizeram de Roy Orbison um ídolo às avessas. Não tinha o sex appeal de Elvis Presley, mas conseguiu fazer sucesso como cantor e compositor de rock em plena beatlemania. Dono de uma voz grave e trêmula (chegou a ser confundido com um cantor negro), o autor de Oh! Pretty Woman e de muitas outras canções de amor morreu há exatos 20 anos.

Foi com o seu maior hit, relançado décadas depois para a trilha de Uma Linda Mulher (1990), que Orbison obteve a façanha de ficar à frente dos rapazes de Liverpool nas paradas de sucesso, em 1964. Tímido e reservado, o americano nascido no Tennessee passou boa parte da vida de luto – afinal, a esposa Claudette morreu em 1966 e dois dos três filhos faleceram em um incêndio, dois anos depois –, sentimento que refletia-se em suas belas composições. Antes de partir, Roy despediu-se com classe, como um dos integrantes do Traveling Wilburys, supergrupo formado também por Bob Dylan, George Harrison, Tom Petty e Jeff Lynne. Ou seja, fazendo o que mais gostava.

Roy Orbison - Only the Lonely

Um comentário:

Miriã Soares disse...

Sinceramente, não sabia nada sobre ele... negligencia pura, visto que sempre admirei sua arte.