Longe dos Mutantes e tendo terminado o romance com Rita Lee, Arnaldo Baptista lançou Lóki? em 1974. O disco triste e intimista, hoje considerado um clássico incompreendido, era o prenúncio do que ocorreria alguns anos mais tarde. Ao cair do terceiro andar de um hospital, em 1982, Arnaldo flertou com a morte. E sobreviveu.
O documentário Loki, produzido pelo Canal Brasil, levou às telas do cinema a vida intensa do maior gênio do rock nacional. À frente dos Mutantes, Arnaldo mergulhou na psicodelia dos anos 1960 e deu um toque brasileiro ao rock da época. Misturou guitarras com ritmos regionais, trouxe irreverência à música e sumiu de repente, da mesma forma que apareceu meteórico ao lado de Rita e do irmão Sérgio Dias.
Foi resgatado do ostracismo nos anos 1990 graças à devoção de fãs ilustres, como Kurt Cobain e Sean Lennon. Há dois anos, participou da reunião dos Mutantes, banda hoje comandada sem o mesmo carisma por Serginho. Com o documentário recém-lançado, o Brasil ganha mais uma chance de fazer justiça a um de seus maiores gênios.
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