17 de setembro de 2008

Um tapa na orelha

Anunciar uma volta às origens é uma ótima estratégia para quem anda longe dos holofotes. Mas no caso do Metallica, vai muito além do marketing. Com o recém-lançado Death Magnetic, o quarteto revive os tempos em que James Hatfield, Kirk Hammett, Lars Ulrich e Cliff Burton (substituído por Jason Newsted e, posteriormente, por Robert Trujillo) eram quatro moleques cabeludos na ensolarada Califórnia. Depois do experimentalismo de St. Anger (2003), a banda finalmente volta a mostrar o que tem de melhor. O resultado é um tapa na orelha do ouvinte – da primeira à última faixa.

As intenções do quarteto ficam bem claras com as primeiras notas da música de abertura, That Was Just Your Life. Outras, como Broken, Beat & Scarred, têm potencial para conquistar tanto o público rock and roll quando a galera do metal. O que não quer dizer que o Metallica perdeu sua essência – pelo contrário. Com Death Magnetic o grupo recupera a energia de sua produção pré-black álbum (1991). A revista Rolling Stone classificou o disco como equivalente à invasão da Rússia à Geórgia: um ato repentino de agressão de um gigante adormecido.

Nenhum comentário: