
Poucas bandas foram tão contestadoras na história do rock. A atuação performática do vocalista Iggy Pop, unida ao instrumental garageiro e avassalador dos demais músicos – recheado de guitarras com wah-wah –, criou uma forma de fazer música que muitos ainda tentam imitar. A música 1969, que abria o disco, tornou-se emblemática para uma geração entediada com as alternativas da época. “É mais um ano para mim e para você/Mais um ano sem nada para fazer”, cantava Iggy.
O quarteto até tentou, mas jamais repetiu o êxito do seu primeiro disco. O último, lançado em 2007 (The Weiderness), soa como uma auto-paródia. O desprezo dos integrantes pelos valores tradicionais da sociedade (Iggy teria chegado a cantar nu em cima do palco) parece não chocar ninguém no século XXI, embora o frescor da estreia permaneça inabalado quatro décadas depois.
Um comentário:
Não sei se pelo fundamento de nossa cultura, mas prefiro os caras do rock europeu. Lógico que penso, agora, em Beatles, mas me refiro ao jeito diferente, na deles, estiloso, mas demodê - não sei explicar. Dos americanos são muito bem-vindos o blues e o jazz.
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