Considerado o maior compositor dos anos 1980, Morrissey construiu nos últimos anos uma sólida carreira-solo – embora seu nome continue sendo associado à ex-banda, The Smiths. No novo Years of Refusal, que chegou às lojas nesta semana, o cantor inglês continua a provar que sua criatividade não se esgotou com o fim da parceria com Johnny Marr.
A abertura, com Something is Squeezing My Skull, sugere um álbum pesado. Com guitarras distorcidas e refrão forte, é a faixa mais roqueira. All You Need Is Me vai pelo mesmo caminho. No restante do disco, no entanto, o pop fala mais alto. Há momentos intimistas (na letra de Mama Lay Softly on the Riverbed) e até latinos (When Last I Spoke to Carol tem arranjos provocativos). É o velho Moz mostrando que ainda consegue surpreender.
Se a voz não é mais a mesma dos tempos de The Queen is Dead, a interpretação faz qualquer fã dos Smiths delirar na melodiosa That’s How the People Grow Up. A bela I’m Throwing my Arms Around Paris, que já faz sucesso no Reino Unido, merece o título de ponto alto do disco.
A derrapada fica por conta do encarte do primeiro single. Morrissey e os músicos que o acompanham aparecem completamente nus, exceto pelo compacto que – felizmente – esconde as suas vergonhas. Menos mal que a qualidade de Years of Refusal compensa esse vexame.
Um comentário:
Bom saber que o Morrisey não deixou a peteca cair...em especial os discos lançados por ele nessa década foram brilhantes!
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