A capa de London Calling, lançado há 30 anos, demonstrava as intenções do The Clash. O baixista Paul Simonon aparece quebrando o seu instrumento, numa atitude extremamente punk. O layout, no entanto, lembra os primórdios do rock com o desenho baseado em disco de Elvis Presley. Mais do que um ícone do movimento surgido em 1977, London Calling – o testamento definitivo do The Clash – era uma mistura de ritmos.
Para comemorar os 30 anos do seu lançamento, uma edição especial está sendo preparada. O disco virá acompanhado de uma boa quantidade de material extra em DVD, entre eles um documentário com depoimentos, registros de apresentações e imagens captadas durante a gravação. O disco já havia sido relançado em 2004 devido ao aniversário de 25 anos. Mas, em se tratando de um clássico dessa natureza, uma nova edição sempre cai bem.
O grande mérito de London Calling foi mostrar que o punk poderia ir muito além dos três acordes. A banda inglesa ataca de reggae, ska, pop, rockabilly e R&B – sem fazer com que as letras perdessem o cunho político. É uma dessas raras obras que capta o espírito de uma época.