Em uma seqüência de shows internacionais nunca antes vista, Porto Alegre recebe no dia 2 de outubro um ícone do hard rock. Os ingleses do The Cult, de volta à formação original, apresentarão na Capital clássicos da década de 1980 como She Sells Sanctuary e Revolution, além de músicas do último álbum, Born Into This (2007). Há mais de 20 anos, em pleno auge do movimento pós-punk, a banda (re)injetou no rock and roll os riffs explosivos de guitarra e as performances arrasadoras de palco, herdadas dos conterrâneos do Led Zeppelin.
A ligação com os anos 1960 e 1970, aliás, não fica restrita à sonoridade do The Cult. O vocalista, Ian Astbury, fez as vezes de Jim Morrison (morto em 1970) como vocalista do lendário The Doors para a gravação de um DVD e uma turnê. Mas o The Doors of 21st Century (novo nome do grupo) não foi adiante, e Astbury voltou a fazer o que sabe de melhor. Ainda bem.
Entre os outros shows marcados para Porto Alegre estão Bem Harper (30 de setembro), KT Tunstal (19 de outubro) e R.E.M. (6 de novembro).
"punk rock is a word used by dilettantes and ah... heartless manipulators about music that takes up the energies and the bodies and the hearts and the souls and the time and the minds of young men..." - Iggy Pop
30 de setembro de 2008
17 de setembro de 2008
Um tapa na orelha
Anunciar uma volta às origens é uma ótima estratégia para quem anda longe dos holofotes. Mas no caso do Metallica, vai muito além do marketing. Com o recém-lançado Death Magnetic, o quarteto revive os tempos em que James Hatfield, Kirk Hammett, Lars Ulrich e Cliff Burton (substituído por Jason Newsted e, posteriormente, por Robert Trujillo) eram quatro moleques cabeludos na ensolarada Califórnia. Depois do experimentalismo de St. Anger (2003), a banda finalmente volta a mostrar o que tem de melhor. O resultado é um tapa na orelha do ouvinte – da primeira à última faixa.
As intenções do quarteto ficam bem claras com as primeiras notas da música de abertura, That Was Just Your Life. Outras, como Broken, Beat & Scarred, têm potencial para conquistar tanto o público rock and roll quando a galera do metal. O que não quer dizer que o Metallica perdeu sua essência – pelo contrário. Com Death Magnetic o grupo recupera a energia de sua produção pré-black álbum (1991). A revista Rolling Stone classificou o disco como equivalente à invasão da Rússia à Geórgia: um ato repentino de agressão de um gigante adormecido.
As intenções do quarteto ficam bem claras com as primeiras notas da música de abertura, That Was Just Your Life. Outras, como Broken, Beat & Scarred, têm potencial para conquistar tanto o público rock and roll quando a galera do metal. O que não quer dizer que o Metallica perdeu sua essência – pelo contrário. Com Death Magnetic o grupo recupera a energia de sua produção pré-black álbum (1991). A revista Rolling Stone classificou o disco como equivalente à invasão da Rússia à Geórgia: um ato repentino de agressão de um gigante adormecido.
5 de setembro de 2008
A popstar cinqüentona vem aí
Depois de ficar famosa aos 20, virar ícone pop aos 30 e tornar-se a artista mais bem paga do mundo aos 40, Madona chegou aos 50 popular como nunca e surpreendente como sempre. Com a nova idade, recém-completada no dia 16 de agosto, o fenômeno da música continua provocando histeria por onde passa. No Brasil, onde uma legião de fãs aguarda com ansiedade o seu retorno após 15 anos, não é diferente. A confirmação de três shows, dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro, provocou corre-corre atrás dos ingressos. Tanto que, três meses antes, restam entradas apenas para uma das apresentações.
A turnê Sticky & Sweet marca a volta de Madonna ao Brasil após mais de uma década. Na primeira vez, com The Girlie Show, uma multidão seguiu seus passos em São Paulo – alguns chegaram a passar a noite em frente do hotel onde estava hospedada. Durante a Confessions Tour, em 2006, os shows em solo brasileiro foram cancelados, adiando o seu retorno ao país por dois anos. Neste ano, o espetáculo servirá de divulgação para o seu 13º álbum de estúdio, Hard Candy. O show marcado para São Paulo, no dia 20 de dezembro, será o último da série.
Graças à inquietude artística e a sua capacidade de se reiventar, Madonna chegou aos 50 anos em evidência e bem longe da aposentadoria. Da sensualidade de Like a Virgin à rebeldia de Material Girl, passando pela polêmica de Like a Prayer (que provocou protestos da Igreja Católica), sua carreira é recheada de polêmicas e lançamento de tendências, assim como a sua vida pessoal. Aliando o talento ao seu grande senso de marketing, a cantora esbanja vigor – ao contrário de um contemporâneo famoso, o cantor Michael Jackson, que também virou cinqüentenário.
Popstar
Pop por excelência, Madonna está antenada com o rock, música eletrônica, dance, hip hop e retrô. Seu CD mais recente teve a produção do rapper Timbaland, o que reflete na sonoridade inspirada na música negra contemporânea. Com um título sugestido, Hard Candy (doce duro) ganhou edição especial com capa de couro e foi lançado até em vinil.
A poucos dias de dar início à nova turnê, que começou na Europa e passa pela América do Norte antes de chegar ao Brasil, Madonna revelou alguns detalhes sobre os shows. A apresentação é dividida em quatro partes, cada uma com uma influência. Estão incluídas a música folclórica romena, na parte mística, e a música festiva, durante a rave. Esta deverá ser a maior turnê já feita por uma mulher. A estimativa é de que os 55 shows previstos arrecadem US$ 250 milhões. O recorde atual, diga-se de passagem, pertence a Madonna.
A turnê Sticky & Sweet marca a volta de Madonna ao Brasil após mais de uma década. Na primeira vez, com The Girlie Show, uma multidão seguiu seus passos em São Paulo – alguns chegaram a passar a noite em frente do hotel onde estava hospedada. Durante a Confessions Tour, em 2006, os shows em solo brasileiro foram cancelados, adiando o seu retorno ao país por dois anos. Neste ano, o espetáculo servirá de divulgação para o seu 13º álbum de estúdio, Hard Candy. O show marcado para São Paulo, no dia 20 de dezembro, será o último da série.
Graças à inquietude artística e a sua capacidade de se reiventar, Madonna chegou aos 50 anos em evidência e bem longe da aposentadoria. Da sensualidade de Like a Virgin à rebeldia de Material Girl, passando pela polêmica de Like a Prayer (que provocou protestos da Igreja Católica), sua carreira é recheada de polêmicas e lançamento de tendências, assim como a sua vida pessoal. Aliando o talento ao seu grande senso de marketing, a cantora esbanja vigor – ao contrário de um contemporâneo famoso, o cantor Michael Jackson, que também virou cinqüentenário.
Popstar
Pop por excelência, Madonna está antenada com o rock, música eletrônica, dance, hip hop e retrô. Seu CD mais recente teve a produção do rapper Timbaland, o que reflete na sonoridade inspirada na música negra contemporânea. Com um título sugestido, Hard Candy (doce duro) ganhou edição especial com capa de couro e foi lançado até em vinil.
A poucos dias de dar início à nova turnê, que começou na Europa e passa pela América do Norte antes de chegar ao Brasil, Madonna revelou alguns detalhes sobre os shows. A apresentação é dividida em quatro partes, cada uma com uma influência. Estão incluídas a música folclórica romena, na parte mística, e a música festiva, durante a rave. Esta deverá ser a maior turnê já feita por uma mulher. A estimativa é de que os 55 shows previstos arrecadem US$ 250 milhões. O recorde atual, diga-se de passagem, pertence a Madonna.
3 de setembro de 2008
Para matar a saudade
Cinco mil pessoas cantam, em uníssono, músicas que jamais viraram hits nas grandes rádios. É uma espécie de devoção, que começa pelo figurino (all star é obrigatório) e termina no culto às personalidades de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, alma e cérebro do Los Hermanos. O cenário é o histórico show na Fundição Progresso (RJ), em 9 de junho do ano passado. Foi a última vez que Camelo, Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba subiram ao palco juntos. Na semana passada, a apresentação chegou às lojas em forma de CD em DVD.
Foi o primeiro lançamento dos cariocas após a separação provisória. Nem o momento mais constrangedor, com o mega hit Anna Julia, tira o ânimo dos fãs – que cantam sozinhos os primeiros versos de O Vencedor. O coro segue até mesmo nas canções mais obscuras, como as que integram o álbum 4, mal sucedido comercialmente. É verdade que a banda já havia lançado um registro ao vivo (Cine Íris, 2005), mas o novo DVD funciona como forma de matar a saudade dos fãs. Menos mal que os hermanos, oficialmente, não pararam em definitivo. Apenas deram um tempo.
Foi o primeiro lançamento dos cariocas após a separação provisória. Nem o momento mais constrangedor, com o mega hit Anna Julia, tira o ânimo dos fãs – que cantam sozinhos os primeiros versos de O Vencedor. O coro segue até mesmo nas canções mais obscuras, como as que integram o álbum 4, mal sucedido comercialmente. É verdade que a banda já havia lançado um registro ao vivo (Cine Íris, 2005), mas o novo DVD funciona como forma de matar a saudade dos fãs. Menos mal que os hermanos, oficialmente, não pararam em definitivo. Apenas deram um tempo.
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